Nem precisa ter calor
Água não entra na garganta
Só vinho a sede lh'espanta
Vai de jarro ou garrafão
É o qu'esteja ali à mão
Ou directamente da pipa
Na taberna da Filipa
Já é bem reconhecido
P'lo zumbido no ouvido
Põe-se alto a praguejar
Ninguém o fica a escutar
E quando chegam as vindimas
Canta maçudo umas rimas
Com a voz muit'embargada
E apoiado na cunhada
Nessa altura é insistente
Tão chato e irreverente
E quando s'acaba a prova
É assim de caixão à cova
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