Era um amor platónico
Monopólio macarrónico
Qu'almoçava macarrão
Dormia a sesta no colchão
De certeza ressonava
E acordado bocejava
Depois de bater a sorna
Numa existência morna
Às cinco vai beber o chá
D'amada notícias não há
Não telefona nem diz nada
Desde a feira de banda desenhada
Vai espreitá-la ao café
Que está quase ali ao pé
Fica triste ao vê-la bonita
Queria-a só à bela da Anita
Ei-la alegre e bem disposta
A comer uma grande tosta
Em companhia de amigos
Novos e alguns antigos
Nos olhos brilham-lhe as íris
Como no rio mouro de Osíris
Deseja-a no corpo e na mente
E esse é um desejo premente
Sonha que a deita no leito
Num ambiente rarefeito
E a ama até à exaustão
Em arroubos de paixão
Cai a noite e o nosso Diogo
Sua em seu ardente fogo
Mas vai sozinho jantar
Às paredes não chama lar
E 'inda hão-de passar anos
O coração sofrerá danos
O Diogo até nem merece
Só que quem ama nunca esquece
quinta-feira, 2 de novembro de 2017
Provérbio provado rimado - LXI
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