Provérbios Provados noutras casas:

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Provérbio provado rimado - LXI

Era um amor platónico
Monopólio macarrónico
Qu'almoçava macarrão
Dormia a sesta no colchão

De certeza ressonava
E acordado bocejava
Depois de bater a sorna
Numa existência morna

Às cinco vai beber o chá
D'amada notícias não há
Não telefona nem diz nada
Desde a feira de banda desenhada

Vai espreitá-la ao café
Que está quase ali ao pé
Fica triste ao vê-la bonita
Queria-a só à bela da Anita

Ei-la alegre e bem disposta
A comer uma grande tosta
Em companhia de amigos
Novos e alguns antigos

Nos olhos brilham-lhe as íris
Como no rio mouro de Osíris
Deseja-a no corpo e na mente
E esse é um desejo premente

Sonha que a deita no leito
Num ambiente rarefeito
E a ama até à exaustão
Em arroubos de paixão

Cai a noite e o nosso Diogo
Sua em seu ardente fogo
Mas vai sozinho jantar
Às paredes não chama lar

E 'inda hão-de passar anos
O coração sofrerá danos
O Diogo até nem merece
Só que quem ama nunca esquece

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