Ó amor a quanto obrigas
Sobre ti há tantas cantigas
Amor com amor se paga
Até que a chama se apaga
Os amores quando são arrufados
Acabam por ser redobrados
O amor ajuda os atrevidos
Não os deixa andar aos caídos
O amor é um passarinho
Que não aceita gaiola nem ninho
É uma religião que não cai
Não se aleija nem solta um ai
O amor nunca envelhece
Criança p'ra sempre permanece
Vê ao longe e todavia é cego
Anda sempre em guerra c'o ego
O amor sincero é tão forte
Que vive até mesmo na morte
O amor se é forasteiro
Acaba por ser passageiro
O amor é sempre imprudente
Destemido e muito valente
E onde mandar o amor
Não há nenhum outro senhor
O amor é também como a lua
Quando ele não cresce mingua
Doze amores aqui já escrevi
Desta espécie alguns já vivi
Mas seu fim tive de aceitar
Nestas coisas não se pode mandar
E quando passa a desilusão
Logo abro o meu coração
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
Provérbio provado rimado - XXXVII
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