Provérbios Provados noutras casas:

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Primeiro provérbio provado (relato verídico)

Ontem à tarde eis que me decido por um corte, no sentido lato da palavra, e lá fui eu cortar o cabelo muito curto. Importa informar que o tinha por meio das costas, logo um corte com percursos de vida, uma vontade de mudar de imagem e limpar o sótão dos macaquinhos. ‘bora ao cabeleireiro "fazer uma coisa diferente" (o tal sentimento que só as leitoras percebem...). Eis-me chegada àquele que eu gosto porque é baratinho, que até tem aquela cabeleireira, a Cândida, que me dá sorte... A Cândida de folga, esta é a Isabel não faz mal, olhe não vale a pena pôr amaciador, quero cortar muito curto, deixe-me lá ver umas revistas para decidir mais ou menos, e ela a dizer estes cortes assim é que dão gosto, um bocado hipócrita, a Isabel, visto que o tem muito comprido e louro pintado esquisito. Entretanto observo melhor as outras duas clientes no estabelecimento. Não cheguei a perceber se eram travestis ou transexuais, tinham cara de mulher, pronto, diferente, vestidas de mulher e cabelos compridos; tratavam-se por "ela", numa voz grave e alta, no sentido histérico, dizendo ambas queremos deixar crescer. Uma então vê-se ao espelho, acabada de pôr madeixas louras, e a outra que tem o cabelo em tom avermelhado deslavado, denunciando colorações anteriores, exclama agora é que não vais poder dizer que não estás lourííííssiima... E quase grita de seguida, quando vê as minhas mechas de cabelo caindo em cascata pelo chão:

- O que uns não querem outros esperam



P.S. – Post livre de preconceitos sexuais, e quiçá recomendando o referendo que legisle os casamentos entre travestis e transexuais.

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