Olha lá que os falsos amigos
São como aves de arribação
Fogem no Inverno para abrigos
Para assim evitar a estação
Enquanto houver soalheiro
E se persistir bom humor
Estiver cheio o mealheiro
São amigos em todo o esplendor
Mas quando tratam de bazar
Para ir chular outras almas
Que não se podem preparar
E são assaltadas nas calmas
O pior é se acaso a desgraça
E as portas a que ela bate
Chegar com ar de trapaça
Pronta para grande combate
É sabido que nunca vem só
A nossa desgraça e a alheia
De quem sofre não tem dó
A coisa fica mesmo feia
Um dia as nuvens emigram
Destapando o sol que acordou
O que faz com que todos digam
Que o infortúnio parou
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