São os jovens agricultores
Enterrados nos seus labores
Que mais solicitam subsídios
Para não viverem em presídios
Uma mão à frente outra atrás
A sua vida da terra se faz
E rezam para que as tempestades
Não os visitem nas herdades
Vivem isolados em montes
Onde não habitam as fontes
E contratam jornaleiros
Que lhes descasquem sobreiros
Esperam que não venham gripes
Que lhes penhorem os jipes
Têm casacos oleados
Também sapatos remendados
Alguns fazem criação
De animais ao serão
Mas galinheiro e chiqueiro
Não lhes trazem dinheiro
Jamais vão enriquecer
Nem ter momentos de lazer
Focinho de porco e galinha de bico
Nunca fizeram o homem rico
Sem comentários:
Enviar um comentário