Livra-te da redundância
É feia figura de estilo
Parece não ter importância
Mas há quem a use ao quilo
E lá diga elo de ligação
Também há dois anos atrás
Ai que nervos ai que comichão
Anos à frente é que não se faz
Há quem só suba para cima
Depois desça sempre para baixo
Mas eu que construo esta rima
Mais perfeita porém não me acho
Redundância põe-me um sorriso
Nos lábios tal como convém
Nos dentes é que era preciso
Para ser um bom riso também
Conviver juntos é disparate
O convívio não se faz sozinho
É sempre melhor o debate
Em grupo com um copo de vinho
Claro que o consenso é geral
Senão consenso não era
Seria uma frase normal
Ou um ponto de vista mais bera
Os detalhes minuciosos
E as surpresas inesperadas
São erros um pouco gravosos
Gramáticas mal alinhavadas
Tal como o novo lançamento
Dá sempre algum mau aspecto
A redundância do momento
Torna quem está a ouvir inquieto
A figura de estilo é arte
Por isso não faças figuras
Para ter estilo em qualquer parte
Vê lá se o português apuras
A minha opinião pessoal
É coisa que a mim me diz muito
Mesmo numa conversa informal
Ou num encontro fortuito
Tenho uma dúvida frequente
E constantemente me engano
Não sou como o ex presidente
Que se gaba de si todo ufano
Dar erros não é pecado
Sou o roto que diz para o nu
Trago o fato todo rasgado
Mas porque não te vestes tu?
terça-feira, 1 de maio de 2018
Provérbio provado rimado - CCCLXVI
Quem prova provérbios gosta de aliterações
Provérbio provado rimado - CCCLXV
É melhor não chegares a dizer
Desta água eu não beberei
Decerto te vais arrepender
Como me aconteceu quando errei
Desta água eu não beberei
Decerto te vais arrepender
Como me aconteceu quando errei
Quem prova provérbios gosta de aliterações
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