O tempo envelhece no verde das estátuas
O seu maxilar tragando os futuros
Dos quais sobram migalhas nos museus
O tempo espiga cabelos e enrola bigodes
Curandeiro dos males que a bondade perpetuou
Embalando sonhos sem melindre nem paraíso
Ponteiros aprumados e folhas de calendário
São polícias que vigiam a vida e a morte
E os contribuintes que apenas matam o tempo
Lento como um nenúfar que eclode
Ou supersónico como a medida da luz
Não é uma viagem de que se possa regressar
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