A cada nova linha velhas palavras
Que trazem à casa que se edifica
Muitos convidados desconhecidos
Mas fecham sem querer a porta
Àqueles que já dormiram no tapete
As palavras fazem aproximar dos distantes
Que se identificam com os cenários criados
E apartar de quem está mais perto
Que insiste em se ver retratado
Lendo entrelinhas nas linhas inventadas
Escrever é por isso um acto solitário:
Só quem cria sabe ler de cabo a rabo
Os demais apenas retêm o que interessa
Também por isso a leitura se faz sozinha:
Só quem lê sabe ler de cabo a rabo
Pois quem escreveu só enfatizou o que quis
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