Quando ele voltar não te atrevas
A esquecer como quebraste quando partiu
Diz-lhe que a tua concha favorita não é o seu colo
Onde já pensaste um dia poder adormecer
Diz-lhe que não pode andar às voltas com a tua cabeça
E o teu coração prefere uma só viagem
Várias falsas partidas tornam-no indiferente
Inspirar e expirar é mais do que apenas respirar
O sangue bombeia promessas que desse modo ficam sem casa
Diz-lhe tudo isso em jeito de resposta
Às perguntas que ele nunca soube fazer
Para que seja tua a última palavra
Que ficará a ressoar durante a tua ausência
Diz-lhe que segundas terceiras quartas oportunidades
Têm um preço que nada tem que ver com a estéril vingança
É o juro da tua indiferença
Quando se senta numa cadeira nada mais a demove
Diz-lhe que a sua falta deixou de provocar-te um aperto
Que a sua presença já não te faz elevar
Nos confins do teu corpo ainda há espaço para o amor verdadeiro
Que seres correspondida não pode ser uma surpresa
Quando ele enfim voltar diz-lhe toda essa firme despedida
Sem pestanejar nem entregar o ouro ao bandido
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