Se eu sou para ti uma flor
Tu és o meu jardineiro
Que rega com tanto amor
O meu caule dianteiro
Quando os meus espinhos picarem
Perdoa não é com maldade
Se os ergo é por estarem
Maduros de infelicidade
Mas as pétalas compensam
Aqueles prováveis tormentos
E fazem com que se esqueçam
Alguns dos piores momentos
Elas têm cores faiscantes
De tão belas quase doem
Florescem assim importantes
A Primavera constroem
Quando no Outono da vida
O teu jardim for um vaso
A tua flor envelhecida
Será ainda sério caso
Mais pálida e mais disforme
Continua a embelezar
O teu desejo conforme
Esteja à mão de semear
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