Provérbios Provados noutras casas:

sexta-feira, 8 de março de 2019

Provérbio provado avinagrado

Naquela noite de invernia houve uma sobrecarga eléctrica na casa do Sr. Tavares e, puf!, o quadro foi abaixo. Acercou-se da caixa do contador junto à parede e fez duas, três, quatro tentativas para dar à luz. Nada feito!, fora um disjuntor que rebentara, agora só chamando o electricista no dia seguinte: e logo o Antunes, esse chupista que só pela deslocação me leva um tomate - suspirava de si para si o Sr. Tavares, enquanto tacteava nas gavetas da cozinha à procura de velas. Velas nem vê-las, e depois de andar a tropeçar durante uns dez minutos que lhe pareceram uma eternidade, lembrou-se que havia na adega uma velha lamparina e para lá se dirigiu. Mas as vicissitudes do Sr. Tavares não se ficariam por aqui: encontrado o empoeirado objecto, não havia azeite para alimentar o pavio. Ele ainda tentou com vinagre, mas o vinho acidificado não acendia a lamparina. Foi então às apalpadelas pelo corredor até ao quarto, transpôs a soleira e enfiou-se debaixo dos cobertores, enquanto pensava alto: ó António (António era o nome próprio do Sr. Tavares), no meio de tanto azar ao menos não foste picado pelos insectos que seriam atraídos pela luz da lamparina!

- Não é com vinagre que se apanham moscas

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