Julgamentos de papelaria
Dão em rebaldaria
Ajuíza sempre alguém
Cheio de moral e desdém
Tal como no cabeleireiro
É ver quem maldiz primeiro
A que horas chegou a vizinha?
Já era bem de noitinha
Há um café lá ao lado
Onde às quintas há fado
Com os suspeitos do costume
Por ali a cravarem lume
Ao fundo do quarteirão
Está o barbeiro João
Bem perto da padaria
Da esposa Ana Maria
É uma zona castiça
Mas com gente metediça
E as conversas por ironia
Vão parar à papelaria
Sem comentários:
Enviar um comentário