Nessa noite o Eusébio convenceu o filho mais velho a acompanhá-lo ao pontão. O quarto minguante muito bem desenhado mereceria uma fotografia, não fosse a distância da lua e o zoom pobre da câmara do telefone. Chegaram a experimentar, mas era um ponto branco longínquo rodeado de reticências estelares.
O miúdo, não sabendo o que fazer nem o que dizer, deixou o pai de volta do balde das minhocas e sentou-se nas outras pedras que estavam mais longe. O pai já o tinha avisado para não fazer barulho nem se posicionar perto da água para que os peixes não dessem pela sua presença.
Mas logo o Eusébio esclareceu:
- Ó Gabriel, aproxima-te à vontade, não precisas de estar aí escondido. É que, em não havendo lua cheia e forte, podemos ir à confiança...
- Lua deitada, marinheiro de pé
Sem comentários:
Enviar um comentário