Das nove às cinco
A pessoa não é só o trabalho que tem
O trabalho que tem não faz a pessoa
Há poemas, música e magia
Dias cheios de vazio, mas a tristeza é finita
Há esperança, noites inteiras e insónias de lua cheia
Há o mar e uma árvore robusta que morre de pé
Intensidade e a certeza da renovação
A vida não é só uma das nove às cinco
A vida são duas, três, cem
Sete como as do gato que cai sempre de pé
O gato não é feito de quedas
As quedas que dá não fazem o gato
Às cinco acorda de ser infeliz
Lambe as feridas, pisca os olhos várias vezes
E vai dar mais umas voltas curiosas pelas redondezas
Vai ser natureza, espanto e maldição
sábado, 20 de janeiro de 2018
Provérbio provado num verso branco - XXII
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