Já se versejava nas paredes húmidas das grutas primitivas. Em vez de letras, desenhos: os poemas todos visuais.
Todo o homem escreve, afinal. Mas em muitos as linhas que a alma tece são transparentes, invisíveis para quem não lê para lá do que está escrito, apesar do que está escrito. Muitos só escutam os seus versos dentro dos próprios ouvidos, nunca fora: é uma voz inaudível que os engasga e às vezes corrói.
Cada poeta em potência - o poeta impotente -, devia poder casar-se com a sua imperfeição poética: unir-se a ela irrediavelmente sem hipótese de divórcio nem viuvez. E essa união uma procriação eterna em quotidianos sem gaiolas, engolindo e evacuando versos, engordando de versos até rebentar.
- De poeta e de louco todos temos um pouco
segunda-feira, 8 de janeiro de 2018
Provérbio provado tresloucado
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