Nem a lã dos carneiros é toda igual
Até num rebanho cada par de cornos tem a sua nobreza
Os peixes mortos abandonam-se à maré
Esses que ainda vivem aprenderam a respirar debaixo de água
Podem remar contra a maré cheios de ar cheios de si
Só eu sou demasiado sólida
Não tomo a forma dos recipientes
Vivo na intensidade própria dos loucos
A anuência cega mortifica-me
A condescendência parola põe-me a milhas
A sobranceria dos sem mérito continua a surpreender-me
Para que desperto se nunca nasci?
Cavo a minha própria sepultura
Não é bonito mas é profundo
terça-feira, 9 de janeiro de 2018
Provérbio provado num verso branco - XVI
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