Não me podes matar
Dou um passo na direcção do teu sonho
Não tenho nada a perder
Quem não tem nada a perder perde-se
Essa é que é essa
Posso retroceder quando queira
Não quando me queiras espantar
Nos espelhos espanta espíritos
Como se eu um pesadelo ou uma aparição desonesta
Mas eu uma ilha e tu o meu náufrago
Tuas velas rasgadas e o mastro partido
Tenho em mim água potável
Frutos amargos que te alimentarão
No meu solo morrerás
No meu colo
Eu sou a tua tal
Ponte do teu rio
A flor do teu jardim
Essas coisas assim tão lamechas
Que um dia hás-de dizer-me
Trazendo ramos de rosas
Vermelhas claro
Têm mesmo de ser vermelhas
Entretanto sussurrarás sonetos batidos
As tuas palavras ardendo no meu ouvido
Por exemplo aquele clássico
Era uma vez um amor que arde sem se ver
Uma ferida que não dói e se sente
sábado, 13 de janeiro de 2018
Provérbio provado num verso branco -XIX
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