(Não comecem já a torcer o nariz que ainda a procissão vai no adro e até ao lavar dos cestos é vindima.)
Passando então à vaca fria, senão nunca mais é sábado, de manhã chovia a potes e estava um grizo tão grande que até bati o dente. Saí de casa vestida como uma cebola, embora preferisse ter ficado à sombra da bananeira. Mas como não nasci com o cu virado para a lua, lá tive de meter a mão na consciência e fui vergar a mola.
Chegada ao escritório, bati com o nariz na porta e quase me chegava a mostarda ao nariz, até que me caiu a ficha e percebi porque é que estava tudo às moscas. Não é que eu, uma cabeça nas nuvens, me esqueci que era feriado? Meti mesmo a pata na poça.
E então, já que tinha saído de casa e tinha, estava perdida por cem, perdida por mil. Fui mas é laurear a pevide, uma vez que já não tinha de andar a toque de caixa como uma barata tonta a bater na mesma tecla.
O dia não estava perdido, não.
- Há mais dias que linguiças
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