Enquanto o homem pôde transportar o seu único instrumento
Foi quase feliz e esteve quase perto do génio
Foi por querer mais e tanto que se transformou
Num instante em mero e subtil executante
Agora o homem dos sete instrumentos não toca nenhum
A sede com que foi ao pote deu-lhe cabo do toque
Os tendões estão perros e não lhe obedecem
Agora já não adianta os auscultadores nos ouvidos
Os sete instrumentos caíram numa estranha hibernação
O homem sonha que tem as mãos amarradas
Quando desperta continua a não tocar nenhum
Não sabe se e como amanhã acordará do pesadelo
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