No passeio ninguém ia a passeio
No passeio chovia um rio cinzento
No passeio corria um espelho nu
No passeio havia uma mão escondida
Uma mão que tiritava em silêncio
Com vergonha de se estender ao passeio
Havia uma barriga a dar horas
Sem memória da última refeição
Que não via passar quem comeu
Ninguém ia a passeio porque chovia
A mão escondida então pendeu
O relógio da barriga então parou
E a vergonha morreu de fome
terça-feira, 25 de junho de 2019
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