A sorte sai se entra o azar
Por vezes é questão de um ai
E assim sempre irão alternar
Vais recebê-lo de fronte lavada
Quando o azar o teu olho encara
E então fica a coisa remediada
Se à má sorte fizeres boa cara
O Nuno é bem destemido
E é um nadinha perverso
Contudo está tão disperso
Como um coito interrompido
Fica assim a meia haste
Sem saber depois como agir
E tão pouco como digerir
Até que nada lhe baste
No final ninguém o atura
Pois o Nuno nunca é consiso
O discurso jamais é preciso
Só consegue borrar a pintura