O Nuno é um bocado otário
E também um tanto exagerado
Costuma fazer tudo ao contrário
Logo é por todos apontado
Anda sempre mal amanhado
Ponta acima ponta abaixo
Com o cabelo tão desleixado
E o semblante cabisbaixo
Foi do padre o sacristão
Mas foi no Natal despedido
Quando a meio da oração
Pôs o dedo no nariz comprido
O seu mal é gostar da bebida
De vinho tinto e cerveja
Ainda lhe hão-de estragar a vida
Ele tem dos abstémios inveja
Também gosta de se empazinar
É um bom garfo o Nuno
Faz a digestão a arrotar
Num local inoportuno
Quando à feira da vila foi
Deu-se o bom e o bonito
Conseguiu engolir um boi
E engasgar-se com um mosquito
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