Um bruto como as casas
É um pássaro sem asas
Pessoa desagradável
Com feitio inalterável
Um gordo como um texugo
Até morfa o refugo
E lambe as sobras do prato
A comer não é sensato
Um fresco como uma alface
Traz entusiasmada a face
Sempre cheio de energia
Ataca bem cedo o dia
Um molhado como um pinto
Foi de chuva e não de tinto
Esqueceu-se da gabardine
E dos trocos para a cabine
Um magro como um espeto
Tem todo o membro recto
Come pouco e é esticado
Nunca anda encurvado
Um surdo como uma porta
A sua cabeça entorta
E encharca-se em suor
Para poder ouvir melhor
Um esperto como um alho
Desenrasca-se no trabalho
Lambe as botas ao chefinho
Nunca o deixa andar sozinho
Um mau como as cobras
Com ninguém faz boas obras
No fundo é solitário
Não sabe ser solidário
Um calado como um rato
Normalmente é sensato
Tímido que nunca fala
Desde que nasce até à vala
Um teimoso como um burro
A teimar dá forte zurro
Choraminga e bate o pé
Não renega um salsifré
Um manso como um cordeiro
É um indivíduo ordeiro
Está livre da confusão
Nunca anda em contra mão
Um feio como um bode
Também entra nesta ode
Até mete medo ao susto
Pode ser um pouco injusto
Todas estas expressões
Envolvem comparações
Eu fiz o peixe render
P'ra esta rima escrever
sexta-feira, 7 de dezembro de 2018
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