Provérbios Provados noutras casas:

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Provérbio em saldo

São os saldos a findar e as meninas a aproveitar, as lojas a esvaziar para dar lugar à estação que vai chegar.
E eu sempre pouco a lucrar, que não sou de modas nos dois modos da expressão: tanto no dizer o que me vai na real gana sem tento na língua, como no pouco de montras investigar.
Só procuro quando necessito disto ou daquilo outro (e o meu precisar é parco, pois estimo as peças que tenho porque as adquiri com prazer), e o passo até ao provar segue apenas a direcção de um número. Se não há o 38, e dos pés ao chapéu estamos a falar, nem me digno experimentar. Podem vir as senhoras das lojas: “Olhe que…” ou “Tenho também aqui…” – é escusado, perda de tempo; desejo distância de cubículos, repletos de cabides e opinião alheia, mesmo sabendo que em tempo de saldos não se limpam armas e o 38 sempre escasseia.
Claro que por este teimoso precipitar faço compras menos boas, mas saio de sorriso no rosto, como se regressada da feira carregada de sacos de enxoval. Por isso em tempo de saldos às vezes sou pouco sensata:

- Achou a chita barata, comprou saia e bata

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