Pronto, estavam assinados os papéis. Estado civil: divorciada. Custou um bocadinho; pronto, custou bem mais do que um bocadinho, mas agora aquela porta estava definitivamente encerrada. Podia deitar fora as chaves e descer as escadas sem olhar para trás.
Uma amiga, recentemente emigrada, falou-lhe nas aplicações de encontros. O ar do tempo. Levada pela curiosidade criou um perfil. Três ou quatro fotografias discretas, um texto de apresentação elucidativo mas não demasiado longo.
Já conhecia grande parte dos motéis dos subúrbios. A hora de almoço era um corropio. Alguns nem tiravam a aliança. A excitação inicial e o prazer obtido foram perdendo qualidade. A ginástica das agendas cansava-a e continuava a sentir-se só.
- Quem se governa com a picha alheia nunca se governa quando quer
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