As palavras que de noite nos embalam
Estarão já mortas pela manhã
O sono esvazia as frases do presente
Enquanto o sol faz acordar um novo vocabulário
Às vezes repetimos os discursos
Para que os dias se aproximem e nos vistam
Nessa busca do tamanho certo
Quanto mais é a linguagem mais familiar
O conforto aumenta e é menor o temor
Mas as palavras da noite não são para a manhã
Têm cores diferentes e até ruídos
Andam mais ou menos despidas
Porque as pessoas são as circunstâncias
E as palavras as suas condicionantes
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