Começa de madrugada
Quando nada parece crescer
Há sempre muito que fazer
Ora são as ervas daninhas
Ou as podas mais comezinhas
E é quem sabe da poda
Que põe a nora à roda
Todo o dia até ao sol pôr
Trabalhando ao frio e ao calor
Quando dá uma dor de barriga
A folha da videira é amiga
Há que a pastagem adubar
E alguma fruta sulfatar
O homem do campo bem sabe
Em que tempo cada coisa cabe
O seu esforço é premiado
Por o risco ter calculado
Guarda agora uma quantidade
De produtos com qualidade
É preciso não desanimar
Já de novo se irá semear
Parece quase uma corrida
Que tem todos os dias partida
É uma vida estafante
Que passa assim num instante
Os homens andam tão cansados
Que quase dormem calçados
Quando é a fadiga enorme
Adormecem como conforme
Quem trabalha o dia inteiro
Acha mole o travesseiro
Sem comentários:
Enviar um comentário