O Mário já está reformado
Ele foi engenheiro do estado
Lidava com comunicações
Assim amealhou uns tostões
Ele gosta de boa conversa
Melhor se for um pouco perversa
Mas sabe fazer a distinção
Do que o há-de levar ao colchão
Como o Mário já é entradote
Nunca é ele quem dá o mote
E desde que não o atinjam
Espera que a si se dirijam
Ele sabe como proceder
Para elogiar uma mulher
Ele escolhe as palavras direitas
Destinadas só a mulheres feitas
Porque o que o Mário aprecia
É uma certa telepatia
Que apareça com frequência
À mistura com inteligência
Quando vê algum comprimento
De onda em dado momento
Todo o nosso Mário rejubila
Põe-se de imediato na fila
Mas se há diferença porém
De idades isso não convém
E apesar de tal paixoneta
É muita areia para a camioneta
Ele receia não conseguir
E nem os mínimos cumprir
Só lhe resta o tal comprimido
Para ter um acto incontido
Nesse dia o Mário saberá
A altura do prazer que dá
Não adianta estar a adiar
Por receio de não agradar
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