Ainda não provou a ciência
O quanto de inteligência
É que há na loucura afinal
Que lhe dá um toque genial
Que os sãos são tão aprumados
Com os prazos cronometrados
E nenhuma fracção de desvio
Lhes permite qualquer desvario
No fundo alguns queriam ser
Um bocado loucos no viver
Poder ter o despojamento
De andar descalço no cimento
Alguns chegam a ter certa inveja
Da visão que aos loucos sobeja
Porque podem ser clarividentes
Mesmo se parecem indiferentes
Quem não teve o desejo secreto
De ser maluquinho por decreto?
Mas prefere ser apenas pachola
Do que não bater bem da bola
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