Agora não se pode brincar
Pois alguém certamente se ofende
Mesmo que não queiras apontar
Virá logo quem tudo defende
É uma sociedade asséptica
Do politicamente correcto
Que obedece a uma estética
Que não se promulgou por decreto
Dar uma voz às minorias
Parece-me muito adequado
Mas levar com contantes manias
De quem sempre se sente visado
Isso já me parece demais
Embora entenda o desconforto
Mas quando há liberdades iguais
A tolerância dá para o torto
O direito a ter opinião
E também sentido de humor
É acalorada discussão
De que ninguém sai vencedor
Já que o que as ideias são mesmo
Nem sempre as acções anuncia
É fácil largar dicas a esmo
Perorando em demasia
O caminho da palavra ao acto
Entre o falar e o fazer
Presta-se a incertezas de facto
Pois há sempre muito que dizer
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