Nem sei bem se pergunto ao poema e me responde
Ou se ele me fala primeiro e sou só eu a retorquir
Tudo o que sei é um diálogo intenso e dinâmico
Feito de confissões e do que só pode ser magia
Por permitir assistir ao brotar de um verso e mais um
E terem esses outros que se lhes sucedem
Depois no saber quando terminar reside o segredo
Mas eu tão fiel ao que a mão direita vai desenhando
Deixo-a correr tinta sem fronteiras nem contenções silábicas
Sem sinais ortográficos ou preocupações de um sentido
Escrevendo poesia repentista à trouxe-mouxe
E assim de acordo com o resto da restante vida
O meu verbo é excessivo e longo e acabo sempre cedo demais
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