Remenda desajeitadamente a sujidade do desperdício
No final veste o lixo num traje de distinta nobreza
E foge a correr para se pôr a salvo
O fingidor está sempre num palco com luzes intermitentes
Senta-se simultaneamente na bilheteira a cobrar sonhos medíocres
No final ainda faz vénias e recebe aplausos imerecidos
E foge a correr para se pôr a salvo
Na boca do mentiroso até a verdade é suspeita
Simula compulsivamente artes de loquacidade padronizada
No final passa pelo crivo higiénico da censura social
E foge a correr para se pôr a salvo
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