Somos como podemos. Vamos sendo como sabemos ser a cada momento. Viver todos os dias cansa. Muitas vezes ao tentarmos agradar estragamos tudo e ainda acrescentamos a insegurança aos nossos múltiplos defeitos. Já se sabe que a humanidade podia ser mais humana. E o amor menos egoísta. Não conseguimos estar dentro e fora ao mesmo tempo, por isso a nossa perspectiva é sempre incompleta. Falta sempre alguma coisa. E continua a faltar, mesmo quando chegamos lá. A insatisfação é tramada. A busca de um sentido para a existência nunca termina. Tentamos a superação mas o mais das vezes falhamos. O quotidiano é uma estrada cheia de buracos e cruzamentos inesperados. Temos de escolher um caminho e perdemos os outros, e já não podemos regressar aos caminhos desaparecidos. E se pudéssemos escolhiamos mal outra vez, principalmente quando julgamos estar cheios de razão. O Eu é um território desconhecido e solitário. Os outros são sempre mais competentes a viver. É o que pensamos quando sentimos raiva e falta de fe. Por tudo isto, não temos de pedir desculpa por sermos imperfeitos. Acima de tudo vale a pena esta vida que é um erro. Vivamo-la pois errando.
- Enquanto há vida,
há esperança
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
Provérbio provado esperançado - II
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