Provérbios Provados noutras casas:

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Provérbio geracional

Esta geração d'hoje, que consente deixar-se representar assim, é uma geração sacripanta!
É um covil hipócrita e desprezível, que se vende por dá cá aquela palha. Aos bancos e seus supostos e compostos. Em nome do bem-estar.
Esta geração d'hoje é um burro impotente e teimoso, que finca as patas no terreno onde resvala. Escorrega em ideias, presumíveis ideias a que chama projectos – projectos são coisas viradas para um futuro medíocre. Ideias e projectos não são ideais: os ideais foram extintos por afinal serem demasiado grandes.
Esta geração quando vai às repartições, assina na cruz, e já acha que pode falar dos impostos dos outros. Esta geração se pudesse ainda era bufa da PIDE. Se pudesse fazia queixinhas ao chefe, se é que já não morde quando pode.
Esta geração d'hoje é caginchas e tem miúfa. Fala mal ou bem do 25 de Abril conforme o interlocutor. Acolhe petições online e partilha manifestos como se desse umas rapidinhas adúlteras só vagamente permitidas. Espera aplausos imerecidos, vê-se ao espelho em selfies e tem pressa de reconhecimento.
É tão mal educada que privilegia em vez do próximo o distante, interrompe conversas ao vivo para atender o telemóvel, prefere descrever um acontecimento depois do que vivê-lo enquanto. Fala de um púlpito imaginário para um público imaginário, cheia de vaidade e solidão.
Esta geração d'hoje, ai se mandasse!, fazia e desfazia, ao menos votasse…


  • - Saúde e geração não se apura

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