A tua dor que existindo
Te fica presa nos dedos
Para iludir os teus medos
Se não sentes a alegria
Não digas que tanta magia
Te atravessa todo inteiro
Esse teu fulgor de guerreiro
Não mintas principalmente
A ti próprio como descrente
Que é um peditório acabado
Seres um poeta mascarado
Tu aceita que está na hora
De deixar tal farsa de fora
Sê tu mesmo mesmo se implica
Que ninguém teu verso critica
Não interessa se prémios perdeste
Porque tu batota não fizeste
Não lamentes entristecido
Seres um ilustre desconhecido
Quem se vende não tem almofada
Que lhe dê noite descansada
E não é verdadeiro consigo
Tudo faz para vender um artigo
E então a partir dessa altura
A fraude não mais terá cura
É igual ao poeta castrado
A tantos altares subjugado
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