sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Provérbio provado rimado - MCDXLIII
Provérbio provado rimado - MCDXLII
Provérbio provado rimado - MCDXLI
Provérbio provado rimado - MCDXL
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
Provérbio provado rimado - MCDXXXIX
Provérbio provado rimado - MCDXXXVIII
Provérbio provado rimado - MCDXXXVII
sábado, 22 de fevereiro de 2025
Provérbio provado rimado - MCDXXXVI
Provérbio provado rimado - MCDXXXV
Provérbio provado rimado - MCDXXXIV
Provérbio provado rimado - MCDXXXIII
Provérbio provado rimado - MCDXXXII
Provérbio provado escaldado
domingo, 16 de fevereiro de 2025
Provérbio provado rimado - MCDXXXI
Provérbio provado rimado - MCDXXX
Provérbio provado rimado - MCDXXIX
Provérbio provado rimado - MCDXXVIII
Se por dentro clamas justiça
Por teres sido prejudicado
Não precisas rezar uma missa
Para estares mais aliviado
Ergue-te depois dessa queda
E esquecendo o divino perdão
Paga então na mesma moeda
Com o pêlo do mesmo cão
Provérbio provado rimado - MCDXXVII
Provérbio provado rimado - MCDXXVI
Provérbio provado rimado - MCDXXV
Provérbio provado rimado - MCDXXIV
Provérbio provado rimado - MCDXXIII
Provérbio provado de um sótão transformado
Provérbio provado rimado - MCDXXII
Quando os animais falavam
As galinhas ainda tinham dentes
Nesse tempo tanto ensinavam
Mesmo aos que não eram crentes
Hoje em dia ficaram mudos
Mas há uns animais a escrever
Que auferem bolsas de estudos
Que só nos fazem encolher
Pois nada do que eles debitam
Pode ser fresco e original
Porque o pensamento limitam
Produzindo uma prosa banal
Tão atados nos seus arrebites
O seu verbo é muito contido
Criando em cima de limites
Sem ter nenhum sonho percorrido
É tamanha a falta de visão
Sem ter asas e sem ter escadas
E o ensejo habita a prisão
Sem vontade de galgar estradas
Esse medo de mais infinito
Faz com que estejam de joelhos
Calando na garganta o grito
Torna-os em novos tão velhos
Até podem ter muito sucesso
E acreditar-se diferentes
Já que aquilo que têm impresso
Vende como pãezinhos quentes
Provérbio provado rimado - MCDXXI
sábado, 15 de fevereiro de 2025
Provérbio provado rimado - MCDXX
Provérbio provado rimado - MCDXIX
Provérbio provado rimado - MCDXVIII
Provérbio provado rimado - MCDXVII
Provérbio provado rimado - MCDXVI
Provérbio provado rimado - MCDXV
Aquele que nada faz
Nada irá compreender
Se é de acção incapaz
Assim não irá aprender
Fica ali em figura de espera
A ver quem é que faz primeiro
E dificilmente coopera
Não se presta jamais por inteiro
Não se sabe se é preguiça
Resistência à progressão
Ou se nada o enfeitiça
Nada lhe empresta tesão
É assim o jovem preguiçoso
Que para poupar uma passada
Dá pois oito de modo ocioso
Tendo a meta assim mais afastada
Provérbio provado rimado - MCDXIV
Lembra-te de cavar o poço
Ainda antes da sede surgir
Ou experimentarás alvoroço
Por teres de a água medir
Pois enquanto este não seca
Mesmo antes de vir o calor
Beberes uma simples caneca
É algo a que não dás valor
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025
Provérbio provado rimado - MCDXIII
Quanto mais são os espaços vazios
Mais ar neles vai circular
Quando chegam os primeiros frios
Mais pessoas se irão constipar
Se aumenta a probabilidade
De descer a temperatura
Haverá mais sensibilidade
Nessa do que noutra altura
Nos espaços dos corações
Acontece da mesma maneira
Tal como nas quatro estações
Têm sua sezão costumeira
Cavidades em número par
Com tecido a fazer divisão
Paredes capazes de abrigar
Uma ou outra desilusão
Sempre a bater compassado
Oxigenando os pulmões
Quando está muito acelerado
Parece que levou empurrões
Às vezes muda de lugar
E desce para o intestino
Se tem de algo suportar
Que lhe provoca desatino
Nesse acto adquire nobreza
E domina o que é compulsão
Vencendo a própria fraqueza
Vai fazer das tripas coração
sábado, 8 de fevereiro de 2025
Provérbio provado engravidado
Chega-te cá, mulher, arrima-te, ó Celeste! Que eu tenho uma coisinha para te contar e as paredes têm ouvidos. Principalmente as paredes ali da Eugénia, aquela mula que não tem outro nome, Deus me perdoe.
Tu já sabes da garota da Maria do Céu? Ai não? Pois aqui ta desmonto toda em primeira mão. É que nem que passasses a tarde inteira a tentar adivinhar... Não é que a miúda ainda há pouco tempo espigou? E sempre metida consigo própria, sem dar confiança a ninguém, até uns simples bons dias lhe custa oferecer, que coisa! Uma sonsinha das boas, parece que não parte um prato, não é mesmo, Celeste?
Pois, olha, mas arranjou aquilo e, pelo que ouvi contar na mercearia, já deve ir em quatro meses, embora ainda não atire a barriga para a frente. A Luzia, que vive lá ao lado, até me afiançou que anda com umas roupas largueironas para atrasar mais o disfarce. A miúda anda encostada aos cantos, passa de fugida com a cara no chão para não responder a perguntas. A Maria do Céu é igual, evita conversar com as vizinhas, já nem vai à carrinha do peixe.
O pai da criança? Isso é que já não sei, filha, é um mistério maior do que o da criação. Ninguém sabe, aliás. A garota lá há-de saber, mas tem vergonha de contar. Mais um bebé no mundo sem ter a quem chamar pai, é o que me parece que vai acontecer... Aquilo foi um deslize ou, pior ainda, foi atirada ao chão no milheiral, como dantes acontecia às mulheres que andavam à jorna.
Olha, Celeste, aquela ali foi de criança a mulher mais rápido do que leva a tomar o corpo de Deus. Que Ele lhe dê uma boa horinha, é o que lhe desejo.
- Ter uma hora pequenina
Provérbio provado de um património mal contado
Provérbio provado rimado - MCDXII
Provérbio provado rimado - MCDXI
Provérbio provado rimado - MCDX
Provérbio provado rimado - MCDIX
Provérbio provado rimado - MCDVIII
Tens um par de mestrados
E mais um doutoramento
E geres bens importados
Que te asseguram sustento
Da junta o presidente
Do clube o manda-chuva
Em tudo és mais inteligente
Do que quem te coadjuva
Com tal tamanho te sentes
O mais importante em redor
Mas escondendo só mentes
Porque te achas o maior
Sofres de uma patologia
Que não é senão arrogância
Por teres tão grave mania
De exagerada importância
Quando os demais te descrevem
E o ego ninguém te afaga
Acreditas que todos te devem
Mas nenhuma pessoa te paga
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2025
Provérbio provado rimado - MCDVII
É um grande mestre o amor
Que ensina de uma só vez
Pode ser melhor ou pior
Mas não admite um talvez
Contudo a palavra exagero
Não existe no seu dicionário
Pois desde que seja sincero
Tem um novo vocabulário
E quando ele surge de frente
Ninguém lhe diz que não vai
Ninguém se afirma descrente
Dessa religião que não cai
Provérbio provado rimado - MCDVI
Há um qualquer deslumbre
Naquilo que tu me transmites
Por isso dá-me um vislumbre
Se é que assim o permites
Não escondas a tua emoção
Levanta a ponta do véu
E nada receies João
Dou-te tudo o que é meu