Vê bem que ter tudo não podes
Quando ao prejuízo acodes
Haverá sempre consequências
Por causa das interferências
Só nos romances há justiça
No demais é coisa postiça
Para pôr na fotografia
Com lata e muita ousadia
Dos rios até às fronteiras
Louvam-se as boas maneiras
Mas contudo é um mundo avaro
Onde todo o elogio é raro
É para que nunca te estiques
E que convencido não fiques
Os limites estão à tua volta
Rodeiam-te como uma escolta
Necessário é que dês valor
A tudo o que é indolor
Mas valoriza realmente
O que obtiveste à tangente
Quando falha a expectativa
Fica-te pela alternativa
Já que neste mundo mesquinho
Se há para pão não há para vinho
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