Espero-te diariamente como quem numa paragem um autocarro
Que invariavelmente não passa à hora marcada
E a cada dia novas cores e trajectos surpresa e partes gagas
Enquanto não passas não acordo nem posso adormecer
Escuto muito ao longe o chiar dos teus pneus
Carecas de tantas contracurvas e cedências de prioridade
E preparo o joelho que trepará o teu primeiro degrau
Em ti há uma porta para entrar enter
outra para sair exit
Mas a verdade é que ando sempre à pendura
Fugindo dos fiscais de calças azuis escuras
Evitando o suor dos outros
passageiros
Todavia tu o veículo pesado por onde me desejo amanhã transportar
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
Provérbio provado num verso branco - LXIX
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