Se queres conhecer o vilão
Põe-lhe uma vara na mão
Que com um bocado de jeito
Logo dela abusa a preceito
Dá-lhe um cargo de importância
Onde possa falar com jactância
Onde cheio de autoridade
Possa comandar à vontade
Onde possa sem mais ordenar
Sem ninguém que o vá contestar
Qualquer frase que diz fica lei
Como em se tratando de um rei
Esse vilãozinho caseiro
Tem um certo ar altaneiro
Que no fundo lhe foi emprestado
Por lhe terem muita corda dado
E então já não podem dizer
Que lhe foi negado poder
Inchou tanto que um dia rebenta
De enfarte antes dos sessenta
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