Sempre de si está tão cheio
Tão imenso e tão superior
Que quando se vê bem no meio
Do povo se acha o maior
Divide as gentes em partes
Por níveis intelectuais
Conforme são as suas artes
Alguns são fenomenais
O que transmite mais calma
A quem só com ele priva
É contentar-se-lhe a alma
Com a energia positiva
Imagina ser muito imitado
E que de invejas é alvo
Mas crê ser jamais igualado
Até ser velhinho e calvo
Lá do alto do seu patamar
Onde o próprio se colocou
Sente-se quase a planar
Por cima de quem o louvou
Quem tem a sorte macaca
De lhe impressionar a retina
Pois guarde na liga a faca
Já crente de que o fascina
Carrega um rei na barriga
E é longo o dito reinado
Com tanta mania antiga
Um dia é posto de lado
Largado numa prateleira
Sem poder obter exposição
Esquecido da dianteira
Aceita qualquer solução
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