No meio da vozeria
Gritava muito a mãe
E o paizinho que Deus tem
Começavam de manhã cedo
A berrar que até dava medo
Para que se erguessem da cama
Não queriam ninguém à mama
Todos os irmãos e o Zé
Engoliam de um trago o café
E uma côdea de pão bolorento
Que servia de magro sustento
A mãe distribuía as marmitas
Com aparas de toucinho fritas
Que seriam o pobre almoço
Mais tarde para cada moço
No campo eles mourejavam
Sem parar mal descansavam
Desde manhã ao sol posto
Fosse Janeiro ou Agosto
Nenhum era preguiçoso
Calão nem sequer ocioso
Nem o pai permitiria
Pois tantas vezes repetia
Meus filhos ouçam o que digo
Se me querem por amigo
Cá em casa deste home
Quem não trabalha não come
Sem comentários:
Enviar um comentário