Quando iça a bandeira e canta o hino
E dentro de si escuta a voz
Dos saudosos egrégios avós
O pior é se tem saudade
Desse tempo sem liberdade
Em que o povo era refém
Da censura e do desdém
A máquina era condescendente
E todavia pouco complacente
Aplicando sem pesar a tortura
A quem não se portasse à altura
Um dia veio em que Abril acordou
E o povo nos braços levantou
Estava dormente e adormecido
Tão faminto e também ressequido
Merecia de tal mal sofrer
Quem o Chega vem defender
Pois só a quem dói o queixal
É que sabe bem do seu mal
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