Ontem parecer-me-á já ter vivido tanto
Amanhã foi há muito tempo e não soube nada
E tudo sobra por descobrir
A vida sempre essa busca incessante
Uma novidade que se repete e um novo passado
Teimosamente regresso às mesmas perguntas
Já sei que não sei responder que não sei
Por isso escrevo nos antípodas
Nunca numa monotonia morna
As velas do meu moinho à roda à roda
A mó de baixo inspira-me e a de cima exalta-me
O vento é a caneta que a mão me guia
Não é suficiente a farinha com que componho versos como pão para a boca
Mas escrevo em primeiro lugar para meu alimento
Para satisfazer a fome das palavras dentro de mim
quinta-feira, 28 de junho de 2018
Provérbio provado num verso branco - XXXVI
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