Na época
das expectativas, escrevi-te quase uma oração.
A força
que me dás nasce e explode logo a seguir, sem dizer ao que vem e não
vem quando é precisa. O teu todo é um dedo que me aponta para ti,
universo que me apareceste e me indicas o caminho para que te siga:
és a minha via. E acalentas-me no mais íntimo voo. Trazes o olhar
dos gatos e o teu nome é o da noite perfeita. Sei que me saberias,
mas pergunto-me se conservarás a hora em que cresceste para mim, bem
me lembro…
Tenho
necessidade de ti quando longe sem ti. Aí tenho mais vontade de ti
do que quando contigo. Ridículo e estranho, mas pensando bem é
mesmo essa contradição. É que o amor dever-se-ia encontrar com
outros braços – outros! - e não prolongamentos dos que temos.
Agora
vou esconder-me de ti até sentires a minha falta. Corro o risco de
me esqueceres definitivamente, mas não corro atrás de ti. Não levo
ninguém comigo.
- Quem
não aparece, esquece
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