Conto aqui um acontecimento
Como mo contou a minha prima
Só que não é prosa é em rima
Interrompam-me a qualquer momento
Vou então começar a contar
O caso desse tal elefante
Que se conta num breve instante
Fica em Lisboa o tal bar
Na verdade é casa de alterne
As bebidas são à comissão
Tem sofás logo no rés do chão
Já nos outros só a quem concerne
A minha prima tem uma amiga
Que foi lá colaboradora
Mas de forma muito amadora
Se o diz ninguém a desdiga
Lá conheceu o agora marido
Que era famoso empreiteiro
Parece que cagava dinheiro
E no bar andava bem bebido
Uma noite perdeu um tamanco
Tacão alto tal qual Cinderela
E ele procurou o pé dela
Por todo o Elefante Branco
Quando achou parou a admirar
Aquele pé com tão belas unhas
Que mesmo em sapatos de cunhas
Queria para sempre idolatrar
Assim combinaram esponsais
E essa ex Gata Borralheira
Subiu logo na vida à maneira
E Elefante Branco jamais
Perguntei à prima a razão
Se sabia do nome as origens
Desse bar que causava vertigens
Ela disse é só uma expressão
Uma frase própria do idioma
Significa algo muito pesado
Bem difícil de ser partilhado
Mais ainda de pôr na redoma
domingo, 15 de abril de 2018
Provérbio provado rimado - CCCLXI
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