Cabeça que se mete em apuros
Anda assim à razão de juros
E se está sempre a abanar
Não pára nem para pensar
Pois uma tola tresloucada
Está muito pouco ajuízada
Não sabe de que terra é
Se de França ou se da Guiné
Mas o pior é quando os pés
Não vão direitos vão de viés
E quando essa troca aconteça
A pessoa não tem pés nem cabeça
Que raio fica aos pedaços
Aqui as pernas além os braços
E acolá vai um pulmão
Um rim a arrastar pelo chão
Não há roupa que lhe valha
Com tanta má sorte que calha
Que mais parece um espantalho
Espantar melros é seu trabalho
Nem tem direito a sapatos
Do clima recebe maus tratos
E eis que esta rima infernal
Não tem pés nem cabeça afinal
Não chega a ser engraçada
Nem tem uma gota de piada
Sabem é que rimar meus amigos
É tarefa cheínha de perigos
E lá tem as suas artes
De cortar fulanos em partes
Já sei que não faço sentido
Ao provar um provérbio tão querido
sábado, 3 de fevereiro de 2018
Provérbio provado rimado - CCCXII
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