Tu escusas de me enganar
Sinto o teu olho gigante
Reprovando cada instante
Mas estou-me pouco ralando
Se tu me vens observando
É-me sobretudo indiferente
E digo-o sinceramente
Na mesa do computador
Sei que me lês com rancor
Tirando uns apontamentos
Que matem os nossos momentos
Pois lá no fundo esqueceste
O motivo porque tiveste
Uma tão infeliz reacção
A toda aquela situação
Por isso escusas de vir
E deixas de te afligir
Esquece que eu existi
Outrora gostei de ti
Atira-me ao poço fundo
Do esquecimento profundo
Que não me fazes cá falta
Estou rodeada de malta
Por seres assim tão triste
É que então me feriste
Não tens amor para dar
Não lhe destinas lugar
Não há medalhas no fim
Nem para ti nem para mim
Não quero saber o que sentes
Não têm razão os ausentes
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