O corpo prescinde da alma
Pedindo-lhe sempre mais calma
E nesse acto de recusa
A alma o cansaço acusa
Nessa vã dicotomia
Um deles mais se afligia
Ou está o corpo escondido
Ou perde a alma o sentido
O homem é assim inimigo
De si próprio como um castigo
Quando o que pretende é paz
Enfrenta essa guerra tenaz
Nem corpo nem alma desistem
Para ter primazia resistem
Ambos disputam a meta
Como uma sociedade secreta
Será que conhece alguém
As fronteiras que a alma tem
Pois ela comanda o destino
De que o corpo é peregrino
Se a alma limpa o corpo
Ficando exausto de borco
É também limpa pelo amor
Que a purifica em redor
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