Quem pensa apenas com os dedos
Sente leve o toque da pele
Por ter na cabeça alguns medos
Que fazem com que protele
Deixa logo assim pouco espaço
Para a fértil imaginação
Prefere evitar um abraço
Suspender o aperto de mão
Tem grave fobia social
A renúncia é seu apanágio
Por temer que se torne viral
A origem de qualquer contágio
Chega a ter quase saudade
Desse tempo de pandemia
Então estava mais à vontade
Com a sua singular mania
Com tal medo perene e excessivo
Vive assim dos demais isolado
Pois estar só é mais positivo
Do que andar mal acompanhado
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